Assim como prometido anteriormente, estou aqui para relatar minha viagem à Suécia. As imagens e a história falam sobre Estocolmo, a capital. Confira:
Iniciamos nossa jornada em busca do mundo sustentável. Encontramos civilidade,
educação, saúde, limpeza, organização e, de quebra, muita sustentabilidade.
A Suécia é um país livre de preconceitos: aceita casamentos homossexuais, os homens tem licença paternidade, e a jornada de 35 horas semanais é livre e executada da forma que for mais conveniente para cada pessoa.
No inverno, que é rigorosamente frio, se produz muito, para que assim possam curtir e aproveitar o sol e verão intensamente.O coletivo é levado a sério, e tudo aquilo que é verde e está plantado em qualquer terreno pode ser usufruído por todos, que possuem o mesmo direito.
Não há desigualdade social, todos são obrigados a estudar, o que faz com que as pessoas se tornem ótimos artistas, músicos, cientistas, professores, todos com a mesma importância e reconhecimento financeiro.
Em relação à arquitetura, as coisas funcionam de uma maneira muito diferente, pois os imóveis são do governo ou de empresas. Então eles vendem a concessão do imóvel, e não o imóvel em si.
Encontramos mais apartamentos do que casas, prédios padronizados em cor e altura, sem
qualquer infraestrutura, além de conforto térmico, iluminação e ventilação. As cores salmão claro e bege diferenciam o início e término da construção.Não se tem garagem para os carros, os mesmos ficam estacionados na rua, e a maioria
tem somente bicicletas, que também ficam na calçada, com tranca, sem tranca e com a
cadeirinha das crianças atrás. Surreal!Um assunto importante quando se fala em sustentabilidade é, com certeza, a água. Lá, ela é liberada para consumo em qualquer rio, banheiro público, fontes, etc. É tudo tão pensado que os problemas não aparecem eles os resolvem antes. Não precisam recolher água da chuva, pois toda água é limpa antes de retornar a natureza. Prova disso é que a pesca é permitida em qualquer lugar.
Os carros e transportes públicos são movidos a biocombustível, ou são elétricos. Muda
incrivelmente a qualidade do ar e a poluição sonora.Conhecemos um bairro novo, projetado para ser ecológico e sustentável. O que mais chamou atenção, é que o recolhimento do lixo é feito pelos moradores até uma lixeira específica para cada tipo de material. Estes recipientes recolhem o lixo descartado por um sistema de vácuo, os levando até as estações de destino, eliminando a necessidade de caminhões de lixo circularem no bairro.
Nem vou comentar as soluções básicas, aquelas que encontramos em qualquer lugar, somente o que é diferente, como este prédio, que para seu aquecimento usa o calor humano das pessoas que passam na Estação Central de trem de Estocolmo. Realmente incrível.
Comida é sempre importante quando assunto é viagem. Como tudo na Suécia preza pela
qualidade, a alimentação não poderia ser diferente, há muita responsabilidade com tudo que envolve o ser humano. A maioria dos itens são orgânicos, frutas, verduras, iogurtes,
peixe, pães.Para nós, viajar é imersão em referências de projetos, costumes, cores, decoração e na Suécia tudo isso é muito completo, organizado, limpo, sendo até difícil de compreender como pode ser uma sociedade tão evoluída.
Espero que tenham gostado de meu relato.
Até a próxima!
Abraços, Luis Maldaner